#corretom

O blog de corrida de Tom Fernandes


3 Comentários

Corrida com sucrilhos

 

 

Já havia alguns dias que eu notava um rendimento desprezível nos treinos, principalmente nos noturnos. Cansaço, fadiga, exaustão? Fome.

Sim, fome. Eu estava correndo com fome. Como estou fazendo dieta para perda de peso (já reduzi dos enormes 113 kg para 100 kg), vinha na rotina de comer pouco entre as refeições principais. Quando passei a correr de noite, em vez dos treinos matinais (que eu sempre fazia após tomar meu café da manhã), mantive a rotina. E me dei mal.

Após reclamar pra Leila, pra Janine, pro papa, resolvi seguir o conselho de todos: coma carboidratos uma hora antes. No meu pensamento, carboidratos ainda são parte do triunvirato do mal (junto com o açúcar e a gordura).

Mas ok, fui lá e fiz a refeição: um pão com catchup, café sem açúcar, e uma tigelinha de sucrilhos com leite, mais uma colher de mel.

Resultado: fiz o treino de subidas, cinco tiros de 800 metros, num aclive total de 25 metros. Ao todo, 8,1 km sem penar, sem sensação de estar morrendo por falta de combustível (sabe aquela sensação de quando o carro morre por falta de gasolina, mesmo a bateria e todo o resto estarem ok?).

Enfim, fiz o treino mais longo até hoje nestes quatro meses, graças aos carboidratos. Lição aprendida: para emagrecer e correr é preciso comer.

E aí, bora comer correr?

 

 


Deixe um comentário

Aquecimento é tudo (com dancinha sexy é melhor ainda)

Olha que legal este vídeo

A corredora Michelle Jenneke, da Austrália, virou febre nas redes sociais desde ontem.

Seu aquecimento um tanto quanto sensual chamou a atenção de todo mundo, mas o melhor do vídeo é o final: o resultado da prova.

E aí, bora aquecer, ops, bora correr?


1 comentário

Por que você corre?

São muitas as respostas, mas acho que as principais encontrei neste vídeo:

Dica do Fábio Carvalho, amigo que está correndo lá na frente, mas tem tempo pra dar umas dicas pros iniciantes.

E aí, bora correr?


Deixe um comentário

De pernas pro ar

Uma das coisas que mais me chamaram atenção neste mês que comecei a correr sob orientação da Mariana foi sobre a quantidade de exercícios, ou melhor, sobre diminuir a quantidade de treinos.

Sempre achei que correr fosse aquela coisa de começar com 1 km e só parar quando corresse uma maratona por dia. Que nada.

Quando comecei, estava correndo todos os dias, de segunda a sábado.

A vontade era correr todos os dias para emagrecer o mais rápido possível.

Mas havia chegado um limite de esforço e parecia não render mais.

Desde o dia 19 de junho, passei a correr terça, quinta e sábado.

Nos dias alternados, faço exercícios de força e bicicleta na academia do trampo.

No domingo, dia da preguiça e de comer lixo.

Como consequência mais visível: diminuíram as dores e o cansaço. E consegui correr mais, como contei dois textos atrás.

Então, fica a dica: pra correr mais é preciso também ficar de pernas pro ar.

E aí, bora correr?


6 Comentários

os primeiros cinco quilômetros

Desde que comecei a treinar, via de regra respeito os conselhos e orientações dos professores, amigos treinadores e, principalmente, os limites do meu corpo.

Hoje, senti uma pontada de dúvida quando a Mariana me disse que o treino seria um contínuo. Duas voltas em torno do Parque Areião, o que daria 4,8 km.

“No seu ritmo”, ela disse, mas sem caminhar.

Pois bem, caminhei até o ponto 0 da pista, liguei o podcast do #vidafodona, abri o cronômetro e fui.

Pensei sinceramente que ia parar pouco depois dos mil, mil e poucos metros. Mas o treino educativo feito com a Mariana antes da pista fez efeito e meu joelho esquerdo não doeu, como vinha acontecendo nos últimos dias (por conta da unha quebrada no pé direito, acabei forçando o joelho esquerdo pra sentir menos dor; que merda, né?).

Como eu tinha ido ao cardiologista na quinta-feira (próximo post) e o teste de cooper deu ok e o João Marcelo me falou um pouco sobre a faixa cardíaca em que teria meu melhor desempenho, tentei manter os batimentos dentro dos 140 bpm, o que se mostrou excelente.

Não cansei, não fiquei com a boca seca nem perdi força nas pernas.

Pra encurtar a história, fiz meus primeiros 5 km correndo, sem parar, sem caminhar, contínuos e reconfortantes.

Fiz a distância em 43’08”, conforme o gráfico abaixo:

tempo da primeira corrida de 5 km

Sim, eu sei que não é um bom tempo, que tá lento etc. Mas eu corri “com os meus tênis” e completei a minha corrida.

Quando bati os 5km, parando a música, aquele silêncio todo me fez um bem enorme. Dei mais uma volta caminhando e fui pra casa de bem comigo mesmo.

Logo abaixo, uns 800 metros, a Faculdade de Medicina da UFG e outras instituições estavam fazendo uma campanha de conscientização sobre o AVC (e eu fiz parte muito tempo do grupo de risco, né?).

Parei lá e mediram minha pressão, batimentos cardíacos etc. Minha pressão, que costumava ser levemente alta, estava em perfeitos 12 x 8, isso menos de 10 minutos depois dos 5 km.

Bom, é isso.

Sei que falta muito na minha corrida por saúde e melhor qualidade de vida, mas hoje completei uma etapa importante.

E aí, bora correr?


8 Comentários

Olá, mundo! Bem-vindos ao #corretom

Por que um blog de corrida? Por vários motivos:

– Dia 15 de fevereiro, cheguei a 113 kg.

Como tenho 1,85 m, meu imc era um assustador 33, no limiar da obesidade moderada, a poucos quilogramas da obesidade severa.

Minha cintura tinha irônicos 113 cm. A famigerada linha do infarto (102 cm) havia sido cruzada e meu risco cardíaco era assustador.

Dores nas costas, nos pés, indisposição, preguiça e muito, muito calor (moro em Goiânia, cidade quente quase o ano todo).

Dia 15 de fevereiro era uma data especial, meu filho completou dois anos. E uma amiga bateu na minha enorme barriga e disse: “Se cuida se quiser vê-lo chegar à faculdade”.

Demorei um tempo pensando em tudo aquilo. Dias depois, completei 36 anos. O excesso de peso e suas consequências já me incomodavam bastante.

Resolvi fazer dieta. Primeiro a de passar fome, comendo pouco e mal o dia todo. Três dias depois, ao comer um x-tudo em cinco minutos, esfomeado, percebi que não seria daquele jeito.

Um ano antes, havia ido a uma endocrinologista que me receitou desobesi-m. Perdi 10 kg em três semanas, mas fiquei tão fraco que peguei uma pneumonia.

Então resolvi não tomar medicação. Procurei vários sites, li muitas revistas, conversei com algumas pessoas que conseguiram emagrecer de forma saudável (oi, Núbia) e decidi fazer a dieta dos pontos, do site Dieta e Saúde.

Fiz os três meses iniciais. Perdi 8 kg e comecei a fazer academia.

Em um mês, uma incompatibilidade de horários com trabalho e faculdade acabou me impedindo de continuar. E confesso: o terror que tenho por academia não passou.

Foi quando um amigo me disse que tinha começado a correr num bosque aqui perto de casa.

Fui. Sempre quis correr. Como estava decidido a continuar emagrecendo e não queria ficar sem atividade física, acordei às seis da madrugada e fui com o Cristiano pra tal pista.

Corri meus primeiros 100 metros. Meus pulmões tentaram desesperadamente sair pela boca. Terminei a volta de 750 metros caminhando devagar, tentando recuperar o fôlego.

Um mês depois, corri meus primeiros 500 metros. Minha boca não era o suficiente pra puxar todo o ar ao final do pique.

Dois meses depois, terminei a volta de 750 metros correndo. Minha respiração já era o suficiente para continuar caminhando em ritmo forte logo em seguida.

Há um mês, meu amigo teve de viajar e, numa conversa com minha prima, fiquei sabendo dos grupos de corrida em Goiânia.

Quinta-feira passada (28 de junho) fiz quatro tiros de 1 km, alternando com 200 metros de caminhada. Meus primeiros 5km de treino.

Graças aos conselhos de dois amigos (oi, Mauro e Leila), aprendi bastante sobre alimentação, alongamentos e etc.

Agora o melhor: correr vicia. E descobri uma atividade em que não preciso competir com ninguém, só comigo. Não preciso chegar antes de ninguém quando ligo o cronômetro. São os meus tênis, o meu corpo, o meu tempo.

Antes, eu precisava de dez horas de sono e estava sempre indisposto. Hoje, durmo seis horas por dia e acordo antes das seis da manhã cheio de pique e energia.

Este mês baixei dos 100 kg, finalmente. Mas a conquista é dupla, porque ganhei mais de 6 kg de músculos.

Perder peso deixou de ser minha meta. Quero baixar dos 90 kg ainda, mas minha motivação agora é correr um pouco mais. Sempre um pouco mais.

Ainda não participei de nenhuma corrida. Em agosto, devo correr a primeira.

E este blog é minha parte jornalista querendo participar de todo este processo.

Bem-vindos ao #corretom!